Trilha indicada para ouvir enquanto lê
Hoje, quero compartilhar com vocês uma história que me perturbou por muitos anos e que continua a me atormentar com mistério e perplexidade. Trata-se do enigmático caso da Casa Abandonada, situado no Rio de Janeiro dos anos 1980.
Naquela época, eu era um adolescente curioso que adorava explorar os arredores da cidade. No auge da década de 1980, o Rio de Janeiro tinha uma aura única, com suas ruas movimentadas e as praias lotadas de banhistas e surfistas.
Mas também havia lugares esquecidos pelo tempo, como a casa que se tornaria o cenário deste estranho incidente.
A casa estava localizada nos subúrbios da cidade, escondida entre árvores frondosas e com uma aparência que gritava abandono. A estrutura antiga e decadente já não era mais reconhecida pelos moradores locais, e muitos evitavam passar por perto.
Um dia, eu e alguns amigos ouvimos falar sobre essa casa e decidimos investigar. Era uma tarde de outono, e a casa estava coberta por uma densa camada de folhas caídas e teias de aranha. À medida que nos aproximávamos, algo nos fez hesitar, mas nossa curiosidade superou o medo.
Ao entrarmos na casa, o ar estava carregado de um cheiro úmido e mofado, e a escuridão nos engoliu. Enquanto explorávamos os cômodos empoeirados, notamos que havia móveis e pertences pessoais deixados para trás, como se os moradores tivessem fugido abruptamente.
Foi quando descobrimos algo perturbador. No porão da casa, encontramos um conjunto de velhas fotografias em preto e branco espalhadas pelo chão.
As fotos retratavam pessoas desconhecidas, mas o que nos chamou a atenção foi a semelhança entre essas pessoas e nós mesmos naquela idade.
À medida que folheávamos as fotos, percebemos que havia uma que parecia mostrar um evento futuro. Era uma cena de nós três, dentro da casa abandonada, olhando as fotos. Essa descoberta nos deixou arrepiados e confusos, e começamos a questionar a realidade ao nosso redor.
Com a sensação de que algo sinistro nos observava, saímos às pressas da casa e nunca mais voltamos. Mas o mistério persiste. Como essas fotos poderiam existir? Como poderiam retratar eventos futuros? E por que nós estávamos vinculados a essa casa de uma maneira que não conseguimos entender?
